Shadow of the Colossus - Um jogo para toda a vida


Shadow of the Colossus foi, e é, um dos jogos mais marcantes da minha vida. Esta semana escolhi dissertar sobre ele por ter jogado-o recentemente, além de me ser muito querido.
Diga-se de passagem, ele foi o 1º título do PS2 que eu joguei, e a experiência me marcou tanto que a brincadeira que era o videogame se tornou um hobbie que sustento com muito zelo até hoje. 
Sem SotC eu nem estaria aqui, escrevendo.

Enredo:
O enredo de Shadow é extenso, profundo… e inteiramente especulativo.
A falta de maiores explicações torna esse jogo uma experiência diferenciada (para melhor), pois você logo se encanta pelas paisagens que existem e fica com vontade de saber mais.

O que podemos afirmar sobre esse tópico é o seguinte: 
Wander quer ressuscitar Mono, que foi sacrificada pelo shamã da aldeia por ele ter previsto um destino sombrio estava em volta dela. Vagando pelo mundo, após ter roubado a espada sagrada e abandonado sua aldeia, Wander encontra a terra proibida. Lá, dizem as lendas, que um poder grandioso pode ressuscitar os mortos.

Wander entra em contato com Dormin, que diz, resumidamente: “é proibido trazer as almas que agora estão sob o domínio dos mortos. O preço de uma alma é outra. Encontre os colossos, mate-os sem editar, que te darei o que procura.”
E é ai que nós entramos. Tudo o que foi narrado até aqui faz parte da introdução do jogo, e não ganhamos muito mais do que isso por um bom tempo.

Gameplay:
A jogabilidade funciona assim: ame ou odeie.
Wander é capaz de manejar espada e arco, pular e escalar. Ele tem também Agro, a égua que te leva pra lá e pra cá por toda a Terra Proibida.

Não há qualquer inimigo fora os colossos, diga-se de passagem. Você tem uma arma de HP e um marcador de stamina, que podem ser elevadas se consumidos frutas e rabos de lagarto, respectivamente; se sua stamina zera, você será incapaz de executar os movimentos mais simples de estalagem de Wander (calcule como é quando se está no topo do colosso, e você cai), se  HP zerar, fim de jogo - é bem o básico.  
Pressionando o circulo no controle, conseguimos utilizar a luz que reflete na espada como guia para nos levar até o colosso que devemos matar; aqui, os raios refletidos se convergem em um ponto, indicando o lugar.
Para prosseguirmos no game, temos que matar 16 colossos, cada um único, com suas particularidades. Para mata-los temos que, com a espada, perfurar seus pontos vitais, encontrados por todo o corpo.

E agora é que os problemas começam:
A - A Team ICO estava tão preocupada em fazer um personagem com a movimentação mais orgânica e visualmente artística, que ela tanto embeleza quanto atrapalha;

B - quando você escala um colosso ele não fica para esperando você mata-lo, ele se chacoalha, diminuindo sua estamina, para você cair; o problema é quando ele para e fica estático, e você continua por um tempo se debatendo no ombro dele, p.ex, e quando você se recompõe o colosso se mexe de novo, tornando -algumas vezes- frustrante todo o desenrolar da luta;

C - Agro também é um saco para se manusear, não obedecendo bem os comandos que sano dados, principalmente quando ela tem que dar meia volta e/ou esbarra numa parede, que ela fica toda confusa e leva um tempinho pra ela se endireitar novamente. Nesse sentido, também chega a ser difícil monta-la, pois temos que pular na sela, só assim Wander inicia a animação para tal.

Mas é nessa tentativa no 1º tópico que também reside a beleza e a união entre a proposta e realidade do jogo.

Realmente nos é passado o peso que é lutar contra um colosso, a sensação de pequenez é pulsante, tudo isso elevado às estrelas com a OST ausente em boa parte do jogo, mas que confere grandeza às lutas, esse ar poder e aventura que nos dá é sensacional.
Vale lembrar que a maioria dos colossos não são agressivos contra o jogador, dando um sentimento terrível de pena e remórcio por ter que executa-los, e tudo o que eles fazem é tentar se defender de seus ataques e provocações.

Com isso, você vai -sem o Wander ter dito uma única fala, fora na intro- se identificar e afeiçoar com nosso protagonista e seu cavalo. O final, para aqueles tão apaixonados por ele, é emocionante, pois você passa por tudo aquilo e recebe esse desfecho -que abre hipótese para muitas interpretações diferentes.

Por fim, o cenário também conta uma história própria: a maioria são ruínas de grandiosas edificações, perdidas no tempo, que foram reclamadas pela natureza. Resta evidente que Wander não foi o primeiro, e muito menos o último, a se aventurar por aquela região. Claramente os desertos, matas e florestas um dia abrigaram uma civilização que, agora, está perdida, e os poderes ali selados também foram esquecidos…

O valor estético que cada um deles atribui combina perfeitamente com o colosso correspondente daquela região, possibilitando uma diferenciação quanto ao gameplay e mecânicas a serem empregadas.

Só nos resta dar o veredito e nossa recomendação:
Shadow of the Colossus 
10/10 Moedas
Obra Prima

Selo de Recomendação e Qualidade:
Obrigatório


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~ Colher

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